segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A ilha Goriti


Fica em frente ao porto de Punta del Este, abrigava baterias de canhões nos séculos 18 e 19, pode-se ver ruínas de muros e canhões no chão, alguns estranhamente partidos no meio.
Hoje em dia a ilha é toda reflorestada, ajardinada, caminhos forrados de cascas de mariscos, iluminação noturna, píers para atracação, Paradores (bar & restaurante).
Tem belas praias, pequenas, conforme o vento os barcos escolhem o lado abrigado, e como vão barcos... ficam ancorados as dezenas, lanchas e veleiros.













domingo, 30 de janeiro de 2011

Semana de Clássicos Rolex Cup 2011


Foram três regatas, 21 barcos participantes, divididos entre Vintage ( até 1950) e Clássicos (até 1975).
Para equiparar os barcos foi adotada a medição CIM, aonde além de compensar as diferenças de tamanho também se observa a originalidade. Fomos muito penalizados, na primeira regata chegamos em primeiro, ganharíamos a chamada “Fita Azul”, porém na classificação ficamos em sétimo, teríamos que ter sido 48 minutos mais rápidos em uma regata de duas horas e meia.
Nas segunda e terceira regatas Eolo não mandou o forte vento que nos deu a vitória na primeira. Com ventos mais fracos os barcos mais leves levam vantagem, não vou nem comentar a colocação depois do tempo ser corrigido. Mas fizemos ótimas velejadas.
Além da tripulação do barco tivemos a participação de amigos velejadores e outros convidados, uma bela festa.
Visite o site do Yate Clube Argentino: www.yca.org.ar , lá temos uma grande galeria de fotos.















domingo, 23 de janeiro de 2011

Os clássicos se preparam

No píer do porto de Punta del Este os mastros de madeira se misturam com os de carbono, os S40 vão cedendo espaço para os belos veleiros construídos a mais de 40 anos.
Verniz e latão, proas e popas lançadas, linhas curvas e muitas histórias.
Mais de 20 barcos estarão participando das regatas que acontecerão nos próximos dias 25,26 e 28.
Treinamos e nos preparamos para fazer bonito nesta festa.
A relação dos barcos está em: http://www.aavc.org.ar/aavc_fstools/public/index/participantes?pagina=1&id=13








sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Semana de Vela de Punta del Este

Tempo bom, ventos fortes (as vezes demais) e a semana de vela está sendo um lindo evento.
Encontramos os amigos de Ilhabela, a equipe do Orson.
A escola de vela daqui também é bem presente.















terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Pedalando no Uruguai - um resumo mais técnico


Aluguei uma Bike no Rulan, fica na Av. Artigas, aqui em Punta. Quadro de alumínio, suspensão na dianteira e um bom conjunto de câmbios. Não tinha bagageiro, menos ainda alforjes, fizeram falta... e detestei o banco!
Minha meta era pedalar sem pressa, observando, fotografando e curtindo. Parava e fotografava, como a máquina salva os arquivos das fotos com data e hora, fiz disso meu cronometro. Por conta das inúmeras paradas minhas médias por etapas são baixíssimas, mas as médias “uteis” foram +- 15 km/h.

As estradas são muito boas, quando digo que tem acostamento, tem acostamento do inicio ao fim, sem trechos de curva ou pontes em que tivesse que me espremer entre carros e o barranco. Quando não tem... sobra a faixa branca, mas foram poucos os trechos. Mesmo as de terra são muito boas, não tem “costela de vaca”, no máximo umas “costelas de carneiro”. Buracos, daqueles de amassar roda, nenhum. Em muitas estradas reparei um caprichoso trabalho de vedação feito nas trincas do asfalto, as trincas pintadas com piche criavam um extenso mosaico.
Não passei nenhum “sufoco”, nada que fosse uma situação de possível risco. Cheguei a pedalar em avenida central de Montevideo entre carros com mochila nas costas e outra na mão e fui respeitado. Respeito, aqui o motorista respeita o ciclista, dá a preferência nos cruzamentos e espera. As vezes até demais, na rotatória de acesso à Atlantida, a garota parou seu carro no meio da rotatória para me dar passagem... 

Obtive mapas e informações sem dificuldades nos diversos pontos de informação ao turista, existentes em todos os lugares. Cada região tem um mapinha com detalhes das ruas de todas as cidades e bairros abrangidos e mapas das estradas da região, são completos e corretos. Obtive um mapa mais geral das rotas turísticas do Uruguai e este foi o que tinha o “errinho” que me fez pedalar horas entre Garzon e Rocha.
São raros os restaurantes ou “butecos” que fossem, chamados de Parador, nas estradas, então abasteça-se nas cidades, não conte com alguma opção dessas.

Minha primeira rota foi subindo a costa Atlântica, tive que entrar para Rocha para contornar a Laguna de Rocha, que não permite passagem na costa. Tinha uma semana de tempo para isso, fiquei dois dias em La Paloma e dois dias em Aguas Dulces.

Punta del Este a Jose Ignácio- Segui pela Ruta 10, estrada de pista simples, bom acostamento. Bastante transito, (mas lá, na pista). Muito vento forte contrário. Distância 32 km. Punta a La Barra – 50 min ; um desvio para visitar o Museo do Mar – 1 h.; La Barra a entrada para José Ignácio – 1:30 h. ; do trevo até o farol mais 10 min. Meia hora para achar hospedagem, total com paradas e a visita “cultural” – 4 horas.


José Ignacio a Pueblo Garzón – do trevo de acesso a JI até a Ruta 9 são 10 km de ótima estrada de terra (1 h.);  na Ruta 9 são 14 km até a saída para Pueblo Garzón, pista simples, bom acostamento, o transito era calmo (1:10 h.). A saída para Garzón é discretamente sinalizada, boa estrada de terra e uma região de pequenas fazendinhas. Não sei a distância, mas devem ser uns 8 km (0:50 h). Próximo a Garzón, uma bifurcação, é pela direita. Não há sinalização. 



Pueblo Garzón a Rocha – Não recomendo o trajeto que fiz, vale pela beleza da região, serras e belas fazendas, mas foi um pouco demorado para o que seriam 27 km. Não encontrei pessoas pelo caminho para informar-me. Depois de pedalar por quase 3 horas (18:00 h) já sabia que estava perdido, obtive informações corretas as 19:00, e ainda teria que andar 40 km... as indicações nas bifurcações só servem aos “iniciados”. Recomendo a região para pedalar, é linda, estradas muito boas e um mínimo movimento de veículos. Desci a serra já no escuro, sem lanterna, apenas me guiando pela diferença de cor da estrada e da mata, não caí em nenhum buraco ou valeta, pedras inexistem. Uma região perfeita para bikes. Pelo Google maps é fácil criar um roteiro, o que só fiz depois... fui confiando no mapa do Ministério de Turismo Y Desporto e a estrada lá mostrada não existe ou está bem “escondida”, não a achei no Google.

Rocha até La Paloma – no total dá uns 30 km, é a Ruta 15, não tem acostamento e segue-se pela faixa branca, atenção e cuidado, há algum transito e foi aqui que um ônibus passou mais perto de mim em toda a viagem. O acostamento de terra é bom, dá para andar nele quando se escuta veículo vindo. Mesmo parando bastante fiz em 2:30.

La Paloma a Aguas Dulces – Haviam me alertado para a existência de Gravilla Suelta, o pedrisco do asfalto se soltando. E era 31 de dezembro, data que as estradas brasileiras são suicídio para algum ciclista. Por estes motivos saí de La Paloma ainda no escuro ás 05:00. Foi exagero, realmente a Ruta 12 está ruim, sendo recapeada, mas é muito melhor que a maioria das estradas do Brasil... e o transito... bom, o décimo carro passou por mim apenas 2 horas depois de ter saído. Foram 60 km. Eram 09:40 e estava em Aguas Dulces. Vale citar a pedaladinha até Barra de Valizas, 5 km de praia, areia firme próximo a água, que fiz no dia seguinte.

Aguas Dulces a Punta del Diablo – 10 km até Castillos  pela Ruta 16, pista simples, pouco transito e acostamento só para quando se ouve o carro vindo. De Castillos para o norte, já é a Ruta 9 e havia um intenso transito, metade de carros com chapa do Brasil, (correndo e ultrapassando na faixa dupla...) o limite de velocidade é de 110 km/h. o acostamento é bom, mesmo assim fica-se preocupado quando se escuta o “urro” dos pneus de um carro voando baixo. Ironicamente, a Ferrari amarela, de chapa Uruguaya, passou por mim com a cavalaria trotando tranqüila. São 34 km até a entrada de Punta del Diablo. Eu segui adiante mais uns 5 km e entrei no Parque Nacional de Santa Teresa, andei pelo parque ( + 5 km), suas diversas áreas de camping e fui até a Fortaleza, na volta, pela Ruta 9 voltei até a entrada do parque, neste mesmo local há uma saída para La Laguna Negra, devo ter andado uns 8 km entre ida e volta à margem da Laguna e um pouco por ela. Voltei para Punta del Diablo. Voltei para P.Este de Onibús.



A segunda Etapa: Montevideo

De Punta del Este a Piriapolis – uns 40 km. A estrada é de pista dupla até com ciclovia num trecho antes de Punta Balena, no mais bom acostamento; apenas os 8 km do acesso de Piriapolis são de pista simples e sem acostamento. Uma desviadinha para a Punta Balena vale a pena.


Piriapolis a Montevideo – 96 km mais uns desvios... 100 km. Levei 12 horas incluindo todas as paradas; em Atlantida, fiquei 2 horas. O primeiro trecho, de Piria á Solis fiz pela estrada local, inclusive explorando ruazinhas de terra nas margens do Arroio Sólis, depois, dá-lhe pedal na Ruta Interbalneária, pista dupla, bom acostamento e transito. No meio do caminho entre Atlantida e Montevideo, depois de Salinas, segui pela avenida que costeia, muito transito local, e muito urbanizado. E...Montevideo, Rambla após rambla, como são chamadas as avenidas costeiras, até o centro. Nos outros dias andei bastante de bike na cidade, é bem tranqüila para pedalar.