Segui a estrada conforme vinha vindo, tinha 27 km pela frente,mas a estrada indicada no mapa era uma ilusão; kilometros e kilometros sem referências ou encontrar alguém para perguntar. Bifurcações com placas apenas para os “iniciados”e subidas.
Confirmei as 17:48 que estava perdido quando encontrei um boiadeiro que monosilábicamente me confirmou a direção, mas disse que eu estaria a 30 km de Rocha.
15 km depois, bati palmas em uma casa, quando perguntei sobre o caminho de Rocha, a senhora que me atendeu fez uma cara de como se um marciano perguntasse sobre a rota para Jupiter... consegui água e informações concisas, estava a 40 km de Rocha ou 50 de San Carlos!!! indo na direção contrária... havia deixado de entrar em uma bifurcação 10 km atrás... 10 km de subidas. Esperei o Filho, André, voltar do campo para me explicar melhor de como seguir.
O fim do dia foi lindo, é uma região de muita beleza, mas eu não podia parar para ficar observando, não havia saído preparado para andar a noite, não tinha lanterna ou equipamento para acampar.
As estradas são ótimas mesmo lá, na perdição. Depois do por do sol, consegui pedalar e descer da serra até as 22:00, longas descidas sem pedras ou valetas (ainda bem...). Desci da bicicleta depois de quase trombar com um boi que descansava na estrada, ele me viu antes e levantou.
Avistar as luzes de Rocha foi talvez o momento mais feliz dos últimos dias, andei até as 23:30 empurrando a Bike e identificando a estrada pela sensação do cascalho sob os pés. Começara a cair uma chuvinha miúda. Quando ainda tinha 5 km pela frente o reflexo das luzes da cidade nas nuvens permitia identificar melhor a via e pedalar. Meia noite e pouco jantava um filé de pescada na praça central.
No mapa a esquerda o planejado e a direita a região pedalada
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