Sabíamos muito pouco; fomos a Bielândia e perguntamos a uns e outros, logo nossa busca se tornou conhecida na pequena vila e “nos acharam”, primeiro o Jonas, um guia, este nos levou de camionete até o Vicente, o diretor da Unidade de Conservação Monumento Natural das Arvores Fossilizadas. É a maior floresta petrificada do planeta.
Vicente, simpático e prestativo, procurou por outro guia, o Rosiel e ambos nos conduziram por kilometros, cerrado afora até um dos mais de 30 sítios arqueológicos. O sítio que visitamos tem cerca de dois hectares com pedaços de arvores fossilizadas, seriam samambaias do tempo de antes dos dinossauros, o Permiano . Fragmentos avulsos, seqüências de pedaços mostrando um grosso tronco ou pequenos fragmentos de folhas; misturados com pedaços de arenito em formas insinuadas.
A teoria é que o impacto de um meteorito teria soterrado a vegetação subitamente, por milhares de anos a matéria orgânica foi substituída por sílica, o desenho dos veios e fibras dos troncos ficou perfeitamente conservada, os detalhes das folhas são perfeitos.
A erosão do cerrado começa a expor o sub solo e os fósseis afloram. Antes de criar o “parque”, muito foi contrabandeado para fora, quantidades da ordem de centenas de toneladas.
Hoje, a Unidade de Conservação difere por procurar integrar a população local, a utilização da terra e recursos naturais.
A visitação é controlada e restrita, a sede da Unidade fica em Bielândia (63) 3391-1034 (2ª a 6ª) e se autorizada, sempre acompanhada por guias locais. O turismo sustentável é proposta e uma “rede de Amizade” está sendo estruturada: a hospedagem na casa dos moradores locais, um B&B do cerrado. Alguns pesquisadores estrangeiros já experimentaram e aprovaram.
Sucos e doces com frutas típicas, culinária e artesanato completam .
Provamos (e bebemos vários copos) de suco de Cajá, na casa de D. Vani, moradora na fazenda que visitamos.
Vicente nos mostrou que existem alternativas para a conservação das belezas naturais de forma sustentável e integrada com a população.
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