Nossa, que lugar lindo!
Quando lembro do passeio, respiro fundo e procuro lembrar das sensações que trouxe, encanto, beleza, transcende nossa compreensão, nossa emoção.
Quando cheguei, achei o lugar pacato, gosto de lugares pacatos, logo na entrada fomos recebidos, com sorrisos e apertos de mão.
Pessoas simples, humildes, esclarecidas, pessoas felizes e dispostas.
Muito bem colocados, recebemos informações dos passeios, do lugar, da biodiversidade; nos banners as fotos chamam a atenção para o lugar, as colocações e a gentileza somaram-se como aconchego.
Fiquei lisonjeada por ser atendida por Marcos, muito bem treinado e capaz, o conhecimento e sua habilidade em falar demonstrava sua sintonia com o lugar e sua certeza pelo que estava por vir, confesso que estranhei, não estou acostumada a ser recebida desta maneira em lugares pouco conhecidos no sul.
Acertamos o passeio e seu preço, eles tem várias opções, podem atender a inúmeros gostos e perfis, os passeios são com hora marcada; simples e bem humorado nosso guia, Tino, se achega e nos é apresentado, muito solícito nos convida para iniciarmos o passeio.
No caminho seu conhecimento e sintonia com o lugar aprecem espontaneamente, falante, suas palavras e a sonoridade da sua voz agem como se fossem unidos, ambiente e pessoa, o lugar para ele é um velho conhecido.
Ele é daquelas poucas pessoas que idade e o conhecimento traz harmonia e respeito, com tão pouca idade o respeito que ele tem pela vida se faz presente pela sua firmeza.
A trilha é suspensa em toda sua extensão, confortável e firme a caminhada não atinge o chão frágil do cerrado, andamos e o tempo não é sentido, conforme vamos andando Tino vai mostrando o lugar e sua beleza, o cheiro inusitado das flores, a imensidão da vista e o deslumbre do que está se vendo, aparece, como um cheiro bom e tranqüilo, as paradas são confortáveis e calculadas.
No caminho o barulho da primeira cachoeira se faz notar, a chegada é linda, água transparente, cheiro de harmonia, o som provocado pela queda e pelo lugar da sensação de surpresa, literalmente o coração bate forte, Tino mostra algumas surpresas. Ah! eu não vou contar não, você vai ter que ir lá pra sentir. É assim que Tino nos fala e mostra, vai lá e diz o que sente, com um sorrisinho desperta nossa vontade. Eu ... também não vou contar, é algo no mínimo inusitado.
No caminho chegamos a um Canon com varias quedas, cada uma com sua sutileza e propriedade, experimento todas, e Tino nos incentiva com seu conhecimento e ri espontaneamente de nosso entusiasmo, ajuda nas fotos e brinca educadamente. Nossa! a cada passo fico mais entusiasmada.
Andamos mais um pouco e Tino nos distrai e nos informa de tudo, o conhecimento que tem sobre a flora local entusiasma Roberto, entusiasta e conhecedor de fitoterapia, ele pergunta a Tino se ele já fez anotações do que sabe e ele responde que já catalogou mais de 70 plantas, espantado Roberto comenta:
-Nossa, o Tino já tem um livro.
Caminhamos mais um pouco e chegamos a um Canon inundado, olhamos e o lugar espanta de beleza, vamos andando e o barulho da outra cachoeira se faz notar, curiosamente não se vê nada, mas o coração começa a bater mais rápido, vamos andando na água e Tino nos pede para guardar a maquina fotográfica, porque afinal ela não é a prova d’agua, muito sensato e calado anda na frente e numa viradinha ela aparece, mágica, maravilhosa, seu som encanta e maravilha.
Santuário, desperta em nós um misto de sublimidade e humildade diante de um lugar tão maravilhoso, não tenho palavras para expressar o que senti, um lugar que expressa respeito e o despertar do agradecimento que senti por Deus ter me dado a oportunidade de ter estado lá.
(Texto da Lu)
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entrada do Santuário |
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