Novo Airão fica a 100 km de Manaus, ao lado das Ilhas
Anavilhanas. subindo um pouco mais o rio paramos em Velho Airão, as ruínas
abandonadas da vila que segundo a lenda foi invadida por formigas e levou os
moradores a mudarem. Lá encontra-se além de ruínas, a cruz erguida em homenagem
ao Peter Brake, o navegador Neozelandês que visitou a região em 2001.
Navegar entre as centenas de ilhas fluviais é uma
experiência única. Guiamo-nos por um Croquis da Marinha e a carta eletrônica do
Ploter. Alternamos por canais mais usuais da navegação e passagens outras,
parávamos quando um mergulho era bem vindo em locais sem correnteza.
Pernoitamos em igarapés ou remansos.
Demos uma paradinha na entrada do Parque Nacional do Jaú,
na foz do rio Jaú, lá eles desenvolvem um trabalho de proteção das tartarugas.
As Anavilhanas são cerca de 400 ilhas, é área de
conservação federal. Acima delas no rio temos a foz do Rio Branco e neste
trecho o Negro dá uma estreitada, adiante alarga e temos o Arquipélago Mariuá
com cerca de 700 ilhas, o maior arquipélago fluvial do mundo. Aproveitamos a
lua cheia e navegamos também pela noite.
Outros dias pernoitamos amarrados em alguma arvore de uma
ilha ou na margem, passeios com o bote nos proporcionaram flagrantes de ninhos
de Japin, caranguejeiras e outras cenas únicas da região. Nas margens por aqui
em diante começam a haver as "barrancas", aonde o ribeirinho constrói
suas casas. Vê-se muitas casas abandonadas.
Nossa parada seguinte foi Barcelos, centro do turismo de
pesca Amazônico, daqui partem diversos barcos muito bem equipados levando os
pescadores para diversos os afluentes na busca dos Tucunarés e outros peixes.
Para saber mais pergunte ao Mega (www.kaluapesca.com.br ) que simpaticamente
nos recebeu e contou sobre esta atividade esportiva.
Ficamos o finas de semana em Barcelos e pouco
antes de sair para continuar a viagem na segunda recebemos a visita de uma
classe do ensino médio, os alunos conheceram o veleiro, um tipo de barco raro
por aqui e se interessaram muito pela geração de energia elétrica por placas fotovoltaicas
e gerador eólico que temos instalados, a captação de água da chuva no toldo do
cockpit também foi observada.
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