domingo, 5 de julho de 2015

Navegando pelo Rio Negro - de Barcelos a Santa Isabel




Mais veloz, o Negro começa a ficar diferente. As ilhas continuam inundadas mas as margens são mais altas, são as "barrancas". Muitas ilhas e os canais mais estreitos entre elas são chamados de "paranás". Com o nível da água bem alto como está, aqui por volta de 8 metros acima do mínimo, não há muito perigo com as pedras. São muitas assinaladas no Croquis.

Numa passagem não hidrografada (sim, existem muitos trechos que apenas os canais principais estão medidos) chegamos a raspar num banco de areia, a profundidade indicada na sonda minutos antes era de 26 metros, na olhada seguinte no aparelho, 5 m e em seguida raspamos na areia.

Nossa primeira parada depois de Barcelos foi na pequena comunidade de São Luis do Rio Negro. Cerca de 14 famílias vivem da agricultura aqui, nos receberam muito bem, a gostosa prosa no fim do dia, as garotas jogavam futebol e minutos depois, ao anoitecer, os adolescentes embarcavam numa rabeta para ir a escola na comunidade visinha. Dia seguinte, enquanto os adultos preparavam a mandioca para fazer farinha, os meninos protegiam as galinhas de um gavião com estilingues.

Um pernoite no "Paraná" do Jacaré foi inesquecível, o local muito tranquilo era frequentado por Botos; a ilha ao lado, ninhal de Araras e num passeio com o bote encontramos as frutinhas amarelas, de sabor muito gostoso, depois identificadas como "olho de caranguejo".

Até então não havíamos encontrado alguma praia e na ponta Temedaui achamos uma tirinha de areia.




















Nenhum comentário:

Postar um comentário